Uma sequência simples de instruções é a forma mais básica que um programa pode ter, e é a mais simples que um programador pode escrever. A sequência mais simples é aquela que só contém um comando. Vamos a seguir experimentar com alguns. O cabeçalho irá descrever o que deves escrever na '>>>' Prompt do Python, e o parágrafo seguinte descrever o que aconteceu.

>>> print 'Olá Mundo!'

o comando print é a maneira de se dizer ao fazer com que o Python disponha os resultados. Neste caso ele dispõe no ecrã a sequência de caracteres O,l,a, ,M,u,n,d,o,!. Esta sequência é conhecida nos círculos da programação string of characters ou character string ou então simplesmente como string.

Diz-se que é uma string, quando os caracteres estão dentro de aspas. Podes usar as simples (como no exemplo acima) aspas normais. "olá". Isto permite incluir um tipo de aspas dentro de uma string, quando essa string esteja dentro de outro tipo de aspas. isto é útil quando temos que usar apóstrofos:

>>> print ""isto é um apostrofo ' "..."

Mas não são só as strings que podem ser imprimidas:

>>>print 6 + 5

Aqui imprimi-mos o resultado de uma operação aritmética - adicionamos seis a cinco. Python reconheceu os números, o sinal da adição e fez a soma por nós. Imprimindo os resultados depois.

Já deu para ver que mesmo que não sirva para muito, o Python pelo menos serve de calculadora. Agora que sabes isso, tenta mais algumas operações, aproveita e experimenta um bocado com estes operadores:!

• subtracção (-)
• multiplicação (*)
• divisão (/)

Podes fazer combinações:

>>> print ((8 * 4) + (7 - 3)) / (2 + 4)

Repara na maneira como usei os parênteses para agrupar os números. O que aconteceria se tivesse digitado a mesma sequência mas sem os parênteses? Chamo a atenção para isto o Python iria efectuar a divisão e a multiplicação em primeiro lugar, antes da adição e subtracção. Matematicamente falando, isso seria o procedimento correcto, mas no mundo da programação as coisas, já não são bem assim. Todas as linguagens de programação têm regras para determinar qual a sequência de uma operação e isso é conhecido como operator precendence. Precisarás de ver a documentação de cada linguagem para ver quais são as particularidades de cada uma. no Python por norma, será de acordo com a lógica, mas de vez em quando pode não ser assim...

Para jogar no seguro, sempre que tenhas operações como esta, é sempre melhor que uses parêntesis porque assim ficas mais seguro acerca dos resultados que vais obter.

Uma outra nota:

>>> print 5/2

o resultado surge como um número inteiro (integra) neste caso 2. Isto acontece porque o Python viu que estávamos usando números inteiros e assume que assim queremos continuar. Em caso que queiras obter resultados em números decimais, então utiliza um dos números como decimal:

>>> print 5/2.0
2.5

>>> print 7/2
3
>>> print 7%2
1
>>> print 7%4
3

% é conhecido como o operador modulos ou mod e em outras linguagens é muitas vezes usado como MOD ou semelhante.

Experimenta e em breve terás uma ideia muito melhor formada.

>>>print 'O total é:' , 23+45

já esta foi visto que podemos dispor números e strings. Agora iremos combinar os dois num statement separados por uma virgula. Podemos estender isto adicionado-lhe um truque muito útil de que o Python dispõem, chamado format string:

>>> print "A soma de %d com %d é: %d" % (7,18,7+18)

Neste comando o format string contém o caracter %. A letra 'd' depois do % diz ao Python que um número decimal deve ser posto naquele lugar. Os valores a serem usados são obtidos de dentro do parênteses que segue o sinal %.

existem ainda outras letras que podem ser colocadas, a seguir sinais de %. Aqui estão alguns:

• %s - para strings
• %x - para números hexadecimais
• %0.2f - para números reais com um máximo de 2 casas decimais
• %04d - digita quatro zeros antes do número

Se fizeres uma pesquisa pela documentação do Python com toda a certeza que irás encontrar muito mais...

De facto o Python pode imprimir qualquer objecto com o comando print. Por vezes o resultado pode não ser o planeado, mas pode sempre imprimi-lo. Espero que tenhas reparado que utilizo a palavra imprimir para me referir ao que é disposto no ecrã, e não obrigatoriamente as feitas por uma impressora.

>>>import  sys

Agora está foi estranha. Em caso que tenhas digitado este comando na prompt, decerto notaste, que aparentemente nada aconteceu. O que não é verdade. Para compreenderes o que aconteceu na realidade, irás precisar de de olhar para a arquitectura do Python (para não-programadores de Python, aguentem-se só um bocado, pois já vai haver uma explicação para vocês)

Quando inicias o Python um grupo de comandos é posto a disposição e são chamados de built-ins, isto porque foram construídos para residirem na cerne (core) do Python. Contudo o Python tem a capacidade de estender o comandos disponíveis, incorporando os módulos de extensão - seria algo como, comprar uma ferramenta nova e junta-la a tua caixa de ferramentas. A ferramenta será o equivalente para o sys e o import será o equivalente a operação de colocar a ferramenta dentro da caixa de ferramentas.

na realidade é exactamente isso que acontece, o comando import, faz com que novas ferramentas que estavam na caixa fiquem agora a disposição e prontas a serem usadas. Todos esses comandos podem ser encontrados num ficheiro chamado sys.py Isto é a forma como o Python, pode ser estendido por forma a que possa fazer todas aquelas outras coisas interessantes que faz, mas que não estão incluídos na versão original. Então há-de chegar o dia onde crias o teus próprios módulos que depois vais poder importar e usar da mesma forma que usas os módulos vindos de origem.

Então, como é que se usa este módulos?

>>>sys.exit()

Ooops! O que é que se passou aqui? Na realidade, nós simplesmente executamos o comando exit definido no módulo sys. Esse comando faz com que o Python encerre (Nota: normalmente podes sair do Python, escrevendo End Of File (EOF)-Fim de ficheiro - na 'prompt, ou então CTRL-Z quando estiveres no DOS e CTRL-D se estiveres no Unix)

Caso não tenhas reparado, chamo agora a tua intenção para o facto que o exit tinha um par de parêntesis no final. Isto porque exit é uma função definida dentro do sys e quando nós chamamos por uma função no Python, temos que fornecer uma par de parêntesis mesmo que não haja nada lá dentro!

Tenta digitar sys.exit sem os parêntesis. Veras que a resposta do Python foi ou seja ele responde que é uma função construída dentro do Python, mas não executa o comando!

Uma outra coisa é que estes dois últimos comandos que vimos, só funcionam quando combinados. Por outras palavras saíres, sem ser através do end of file, precisas de digitar a seguinte combinação:

import sys
sys.exit()

Sendo isto uma sequência de dois comandos (ahh! jura!) agora já te estas a aproximar da verdadeira programação....

Usando Tcl

também podemos tentar comandos simples, como este no Tcl. O interprete do Tcl pode ser iniciado ao digitar tclsh80 (isto assumindo que tens o Tcl v8.0) na prompt do DOS. A prompt de comando é um %. Disto isto podes tentar estes comandos.:

% put "Olá Mundo!"
Olá Mundo!
% put [expr 4 + 6]
10

No último exemplo, há que notar que a parte contida dentro dos parêntesis quadrados, é executada primeiro e o resultado transmitido para o comando put. Ao contrário do Python não podemos assumir que o comando put irá tentar perceber o significado dos teus comandos ele apenas espera por uma por uma string, agora depende de ti para obter uma.

Para encerrar tclsh80 basta digitar exit na prompt

E agora o BASIC...

Para iniciar o BASIC digita QBASIC na prompt do DOS. Neste caso vais dar de caras com um ambiente próprio. Despacha a caixa de dialogo das boas-vindas e na janela de edição, poderás digitar os comandos, e depois podes correr o programa em qualquer das janelas que use o menu RUN. isto tem a vantagem de que o ambiente onde te encontras permite-te editar os comandos, até faz verificações enquanto os digitas. PRINT "Olá Mundo!" PRINT 4+6

Para sair, é normalmente através do menu file|exit.

e pronto este foi o nosso primeiro olhar para o mundo da programação, espero que não tenha sido nada de doloroso. Mas antes de podermos continuar, teremos que dar uma vista de olhos pela matéria prima da programação, os dados, e o como podemos manusea-la.